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domingo, 8 de janeiro de 2012


Este texto foi extraído da Biografia documentada do Processo de Canonização da Serva de Deus Madre Teresa e crônicas do Instituto. Relata o TESTAMENTO ESPIRITUAL E MORTE DA SERVA DE DEUS.

                                       Até o céu!
8 de janeiro de 2012: 40 anos da passagem de Madre Teresa para a Eternidade...
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No dia 7, ela disse que gostaria de receber a Unção dos Enfermos, mas receava deixar as Irmãs preocupadas. Por fim aceitou. “Consentiu que Madre Madalena, Madre Auxiliadora, Madre Ruth, Madre Lídia, Madre Mestra, Irmã Amélia e as três enfermeiras ficassem com ela. Ao meio-dia, Monsenhor Geraldo chegando, por solicitação da Madre, atendeu-a em confissão, com ele renovou os votos e, a seguir, recebeu a Unção dos Enfermos tranqüila e serena, lúcida e consciente, respondendo a todas as orações. Recebeu o Santo Viático e a seguir, pediu-nos o seu crucifixo de Profissão, segurando-0 sobre os joelhos renovou novamente conosco os seus votos. Estava alegre e todas nós a beijamos. Dirigindo-se às presentes, pediu perdão a toda Congregação pelo que pudesse ter ofendido, magoado e escandalizado as Irmãs.”

Disse-nos: “Sejam santas. Sejam fiéis ao Papa, à Igreja e às Constituições. Amem muito o Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora. Sejam unidas e assim serão felizes. A Congregação está entregue à Madre Madalena”. Deu a cada uma a bênção e um alegre sorriso. Sempre pedia que ninguém chorasse...”

Os sintomas pioravam, a temperatura se elevou, sentia pressão torácica, sabia que a morte estava bem próxima.

Recebido a visita do Sr. Bispo Dom Francisco Borja do Amaral, após receber sua bênção, a SdD se despediu dizendo: “Até o céu!”

“Desde as 21 horas, Monsenhor Geraldo, chamado pelo telefone, permaneceu continuamente ao seu lado, e, constantemente rezava com ela. A Madre estava de tal modo consciente e lúcida, que respondia firme e sem hesitação às jaculatórias que lhe eram sugeridas e às perguntas que, ao ouvido, lhe eram feitas por Monsenhor Geraldo. Percebeu perfeitamente, a presença das Irmãs no seu quarto: reconheceu cada uma, mas pedia que ali não permanecessem, nem mesmo no corredor, mas que fossem para os seus postos de trabalho. Seu olhar seguia-nos dentro do quarto; fixava-nos significativamente, querendo enviar-nos mensagens de tranqüilidade e paz. Perguntou-nos durante esta noite, com muita serenidade, se estava em agonia, se ia morrer. Respondemos que não estava em agonia, pois, de fato, ela não a teve. Houve sim, uma transfiguração paulatina, uma passagem serena e suave para a vida eterna. Nenhum sinal de tentação. Monsenhor Geraldo perguntou-lhe ao ouvido, conforme nos declarou depois: “Madre, a senhora está em paz, está tranqüila?”E ela: “estou muito calma, estou em paz, estou entregue e abandonada nas mãos de Deus”.”

Segundo o testemunho das pessoas que passaram pelo seu quarto, era impressionante sua lucidez de espírito, manifestada não só nas palavras, na expressão do olhar, nos gestos, como no acerto de suas últimas recomendações. Repetia às Irmãs: “Sejam santas. Amem muito a Igreja, à Regra, o Papa e Nossa Senhora.”

Falava muito claramente até instantes antes de morrer res-pondendo às jaculatórias propostas por Mons. Geraldo. Beijava piedosamente a imagem de Nossa Senhora, o crucifixo da profissão e o crucifixo de Dom Epaminondas. Beijo expressivo e amoroso.

Às 2 horas da madrugada recebeu uma vez mais o Santo Viático, consciente respondendo a todas as oraçães, fazendo o Sinal da Cruz nas várias ocasiões, deglutindo o fragmento da partícula auxiliada por um gole d’água. Disse com voz clara, de cor e consciente a fórmula da renovação dos santos votos. Após algum tempo disse: “Sejam muito fiéis à Igreja... à Regra, fiéis ao Papa. Sejam santas...” (Após alguns minutos): “Perdoem... perdoem-me...”

Momentos depois, como se quisesse fixar sua mensagem na mente e no coração das Irmãs, repetiu: “Serão felizes... se forem fiéis à Igreja... à Regra... ao Papa... Sejam muito unidas à Madre Madalena...” Algum tempo depois: “A Congregação está entregue à Madre Madalena. Sejam obedientes a ela... Sejam santas”.

No dia anterior havia falado à Madre Madalena, com relação ao Zezito e algumas orientações particulares a respeito da Congregação. E depois, disse: “Nada mais quero... nada mais peço, nada mais desejo...” Estas palavras vibraram naquele quarto, parecendo que Deus as fazia ecoar a cada instante ali, onde pessoas leigas, médicos auxiliares, amigos, empregados e sacerdotes, assistiam silenciosos e reverentes a repetição das estações da Via-Sacra, quando despojada de tudo, a Madre deu tudo até o fim, numa doação total, absoluta, em seus últimos instantes, celebrando em seu altar, seu supremo holocausto.”

Muitas pessoas passaram pelo seu quarto naquela noite do dia 7 para o dia 8. Suas Irmãs e sobrinhas, Zezito, um grande numero de Sacerdotes, o Prefeito da Cidade, amigos e conhecidos, e as Irmãs Pequenas Missionárias que com o coração dolorido passava pelo seu quarto, ainda com esperança de vê-la um pouco melhor.

Monsenhor Geraldo disse-lhe ao ouvido: “In te Domine speravi, non confundar...” e propositadamente parou. A Madre completou com voz firme: “In aeternum”.

“Na manhã do dia 8, logo após a Missa, fomos chamadas novamente. Grande era a nossa dor diante do pensamento de perder a presença de Nossa Madre, mas a esperança confortadora de assistir seus últimos momentos nos dava força para testemunhar o quadro que seria mais do céu do que da terra.”

Pessoas amigas, familiares, continuavam a entrar em seu quarto e a Madre os acolhia com o olhar.

Às 10:00 horas aproximadamente, sua pressão arterial foi a zero e assim se manteve até o fim, sem afetar a lucidez de consciência. Os médicos diziam que ela iria morrer sem dor por causa do choque neurogênico e isso foi um consolo às suas filhas.

Monsenhor Geraldo transmitiu a benção do Santo Padre que as Irmãs haviam pedido por carta, e esta a alegrou intensamente.

À medida que os minutos passavam, ia apresentando intensa sudorese. Seus braços e sua mãos estavam bem frios, mantendo, porém os seus movimentos mesmo que mais lentos. “Repentina-mente, às 11:57 horas, mudou-se o ritmo respiratório. Seu quarto encheu-se! Beijou ainda o crucifixo da profissão pela última vez.

Pelo menos seis sacerdotes estavam presentes. Os médicos - Dr. Faustino e Dr. Ichiro, suas irmãs Gabriela e Grácia, suas sobrinhas Suzana e Maria Helena, alguns amigos e empregados, e nós suas filhas.

Ao seu lado, em profunda angústia, sem poder conter a sua dor, Madre Madalena, apertava entre as suas a mão esquerda da Madre, lembrando a passagem da Sagrada Escritura entre Elias e Eliseu, quando este pedia ao Pai — que se afastava arrebatado para o céu,— o seu duplo espírito.”

Ela havia pedido que na hora de sua morte lhe colocassem na mão o Círio que o Santo Padre Paulo VI lhe enviara, e assim o fizeram. Apertou o Círio aceso com força e firmeza, demons-trando saber o que estava segurando. “Ao primeiro som do toque do meio dia, emitiu três rápidos suspiros, três sussurros como sua última jaculatória à Santíssima Trindade — hóstia pequenina imolada pelos sacerdotes, oferecida pelas mãos de Maria, por si mesma e por toda humanidade — em união a grande Hóstia, em reparação, louvor, amor e ação de graças. Seus olhos se embaçaram, e transfigurada, serenamente entregou-se às mãos do Pai que no-la havia dado por Mãe.

Foi uma verdadeira glorificação o testemunho do amor de Deus pela sua eleita, um espetáculo assistido pelos anjos e pelos homens, enquanto nós, suas filhas, soluçávamos de dor na saudade de sua partida. Foi dado a todos: padres, médicos, amigos, familiares, empregados, Irmãs, vê-la naquele total despojamento, naquele abandono completo, na entrega nas mãos de Deus sem nenhuma preocupação ou constrangimento.

Madre Madalena, entre soluços, em nome de todas, agradeceu à Madre tudo o que fez por nós, pedindo-lhe perdão, em nome de todas, por todas as vezes que a fizemos sofrer.”

Imediatamente Monsenhor Geraldo iniciou a oração do “Angelus”, seguida de orações de Nossa Senhora: Magnificat, Salve Regina, Sub tuum praesidium, acompanhadas em coro pelos sacerdotes e por todos os presentes.

Era meio dia do dia 8 de janeiro de 1972, um sábado, hora do Ângelus. Ela que havia nascido em um domingo, às 6:00 da tarde, também hora do Ângelus.

Durante todo aquele dia, até às 16:00 do dia 9 foram celebradas várias Missas por Sacerdotes amigos e conhecidos que chegavam em diferentes horários para prestar suas homenagens e suas orações à Madre Teresa. Assim como um grande número de pessoas da cidade de São José dos campos, às quais de uma ou de outra maneira, haviam sido beneficiado materialmente e/ou espiritualmente pela caridade da Serva de Deus. Em especial se verificava a presença das mães e crianças da Catequese e demais familiares, sempre muito gratos por tudo o que receberam da generosidade de Madre Teresa. As autoridades locais também marcaram sua presença prestando suas homenagens.

Após a Santa Missa celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Francisco Borja do Amaral, seguiu o cortejo para o Cemitério Padre Rodolfo Komórek.  Após o fechamento da sepultura, as Irmãs não se movimentavam para sair, não querendo deixar sozinha a sua Madre querida. Já era a hora do Angelus da tarde. Aos poucos, porém, já ao cair da noite, foram se encaminhando para casa na certeza de que sua querida mãe, aquela que tanto as amara, ia com cada uma por toda parte!


(fonte: http://www.pequenasmissionarias.org.br/)

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